Meu banco, que não nomeio para não fazer propaganda, não faz isso. Certamente fez as contas e achou que não vale o investimento na troca da base de cartões. Ok, opção deles. Mas, falta combinar isso com as processadoras de transações, as donas dos POS, o terminal eletrônico em que o lojista passa o teu cartão para pedir autorização de pagamento.
Costumo usar o serviço de débito RedeShop com o cartão empresarial que tenho, com tarja magnética e sem chip. Em geral a máquina aceita, mas de alguns meses para cá, a processadora Redecard instala um novo modelo de POS, em que há uma ranhura para espetar o cartão com chip. Se o cartão não tem o chip, o lojista diz que o cartão não é válido. Descontado o comodismo e ignorância (no sentido estrito, de desconhecer) dele, o fato é que a Redecard não ensina os lojistas que, sim, o cartão com tarja magnética é válido, mas é preciso espetar o cartão insistentemente na ranhura para o cartão com chip até o POS “perceber” que é preciso aceitar a tarja magnética, e pedir o valor para fazer a transação.Toda vez que vou na padaria da esquina e apresento meu cartão de débito à caixa ela faz um muxoxo de desgrado. Ela já ouviu meu discurso-padrão, dizendo que o cartão vale e a Redecard que devia avisar como a coisa funciona. Para ela, eu sou um chato. Para mim, a Redecard que é ineficiente. Só o fato de o lojista não saber que cartão sem chip é aceito basta para indicar má comunicação. Pior, como cliente, me sinto maltratado toda vez que acontece esse perrengue, pois a culpa não é minha. Há saldo na conta, portanto, tenho dinheiro para pagá-la com o cartão.
Para não ser injusto, visitei o site da Redecard. Mas não encontrei nada que explique para o cliente ou o lojista como resolver o pagamento com cartão de tarja magnética no novo terminal eletrônico. Publicidade explicativa na TV, também não.
Então, fica aqui o recado, com a promessa de contatar a Redecard para saber o que pode ser feito. E conto a vocês assim que eles me responderem.
* Imagem capturada do site da Redecard




